domingo, 1 de março de 2009

São Paulo em retratos

Em pouco tempo, três livros estilosos sobre São Paulo caíram nas minhas mãos, cada um com uma visão diferente da época em que a cidade estava na transição de zona rural para maior cidade da América Latina. Todos valem como indicação!

1 - "Aurélio Becherini"
Livro dedicado à obra do italiano Becherini(1879-1939), o primeiro repórter fotográfico paulistano. As fotografias são absurdamente lindas e registram com perfeição as transformações paulistanas entre 1904 e 1934. E os textos do livro também são primorosos, tanto os que contextualizam o trabalho do fotógrafo, como os que contam sua história. A Cosac acabou de lançar o livro, que está baratinho em uma promoção da Livraria Cultura. Cerca de 40 pilas, por uma publicação de capa dura, formato grande, com sobrecapa que vira pôster e uma impressão maravilhosa. Vale a pena. Abaixo, duas fotos de Becherini e ele próprio com sua câmera.




















































2 - "Desenhando São Paulo: Mapas e Literatura . 1877-1954"
Esse é um deleite mais para quem é curioso. Em tempos de Google Maps, o livro, que acaba de sair pela editora Senac em parceria com a Imprensa Oficial, resgata os registros cartográficos paulistanos dentro do período citado no título.
Na prática, mostra as mesmas transformações retratadas por Becherini, mas por meio do crescimentos das ruas e dos mapas. Outro atrativo, é que a historiadora Maria Lúcia Perrone Passos e sua parceira, a arquiteta e urbanista Teresa Emídio, resolveram colocar ao lado das imagens - algumas lindas demais - textos de cada época sobre São Paulo. A idéia funciona bem, mas o mais legal mesmo são os mapas; alguns poderiam estar em galerias de arte.






































3 - "Thomaz Farkas, Pacaembu"
Este, de Thomaz Farkaz, foi lançado pela editora DBA em setembro ou outubro do ano passado (não lembro direito) e reúne imagens do fotógrafo em um dos lugares que eu mais gosto na cidade: o estádio do Pacaembu, onde joga o meu Corinthians. Mas aqui a arte das peladas fica de lado; o que conta são os cliques. Só fotão. Tem umas imagens com crianças vendo o jogo do lado de fora, em árvores, gente pobre do lado de figurão na arquibancada, caras e rostos que mostram como era aquele tempo. Coisa fina!







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